quinta-feira, 2 de agosto de 2012

João Silva com os pés bem assentes na terra antes dos “voos” na Finlândia

A terceira etapa da FIA WRC ACADEMY está prestes a arrancar no Rali da Finlândia, onde João Silva e Hugo Magalhães vão enfrentar mais um enorme desafio na sua incursão pelo mundial de ralis.

Realizando aqui o que será apenas o seu sexto rali em terra, o piloto madeirense já partilhou as suas expectativas e fez a sua avaliação inicial a este rali, conhecido pela sua rapidez, pelos saltos espectaculares e pela dificuldade que os “rookies” sentem nesta prova, caracterizada também por inúmeras sequências de curvas e lombas cegas onde os nórdicos são habitualmente reis e senhores.

Para João Silva, “esta nossa presença na academia de ralis da FIA é uma oportunidade fantástica de aprendizagem e evolução, e nada do que que já fiz até este momento em rali, me preparou para o que aqui encontramos, pois as características são tão diversas que quase temos de repensar tudo o que aprendemos até aqui, e reformatar os nosso métodos de trabalho desde a base.”

 “As diferenças começam nos reconhecimentos, onde temos tempo muito limitado para realizar duas passagens em cada uma das classificativas, e isso implica recolher notas a velocidades médias de cerca de 60 quilómetros por hora, sem margem para qualquer erro ou dúvidas.”

“Depois, o tipo de piso em terra batida, que mesmo tendo alguma areia em cima, quase parece uma pista de asfalto tal o grau de compactação e de atrito do piso, o que dá uma tracção fantástica ao Fiesta que me parece estar a corresponder bem em termos de afinação, pois no teste que realizámos, senti-me muito à vontade com o carro, embora tenha a perfeita noção que não será por aí que se marca a diferença neste rali.”

“A velocidade média das classificativas vai ser muito elevada, e se a isso juntarmos os muitos saltos e lombas cegas, com curvas encadeadas, e onde o acertar na trajectória de inserção fará toda a diferença onde qualquer erro se vai transformar em muito tempo perdido, ou pior, numa saída de estrada. Tenho os pés bem assentes na terra quando afirmo que o resultado final será o que menos nos preocupa neste momento, quando o que pretendemos é tirar o maior partido desta participação no sentido de aprender cada vez mais, evoluir de forma estruturada e profissional a vários níveis, e com o objectivo de fazer o máximo de quilómetros e chegar ao final do rali. Nessa altura poderemos avaliar a nossa participação em função da evolução que isso nos traz para o futuro.”

O rali da Finlândia arranca esta quinta-feira e terminará Sábado para os concorrentes da FIA WRC ACADEMY.

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