segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2013, um ano de esperança

2012 não deixa grande saudade aos ralis, um ano onde parece que os campeonatos nacionais bateram mesmo fundo.  Mas nem tudo pode ser negativo! As mais recentes notícias perspectivam um 2013 mais animado.


A crise socio-económica que atravessamos não deixa de afectar os ralis. Os campeonatos sob a chancela da nossa federação são vítimas fáceis, não tendo sido adaptados à realidade ao longo dos anos, nem trabalhados no sentido de aumentar a sua visibilidade, prestígio e atractividade junto de pilotos e investidores.

Ficam assim à mercê da boa vontade de pilotos e de entidades, que continuam a acreditar no potencial dos ralis, de que são exemplos algumas empresas e autarquias. Os casos de sucesso nos ralis, no que diz respeito à construção de carreiras de pilotos e de organização de provas, são hoje casos de excepção e não uma regra.

Podemos destacar grandes momentos em 2012, mas este ano não deixa de ficar marcado por um Campeonato de Portugal de Ralis moribundo, um Open de Ralis que vai vivendo à custa de dois troféus e do carisma de meia dúzia de pilotos. Os Regionais vão sobrevivendo, uns em estado mais vegetativo que outros!

As participações de pilotos e equipas nacionais lá fora também não foram muito positivas. Com o fim da Peugeot Sport Portugal, Bruno Magalhães só disputou uma prova do IRC e outra do Europeu, ainda que vencendo a última. Bernardo Sousa rumou à Lotus, mas só participou numa prova e desistiu prematuramente nessa mesma. Armindo Araújo viu-se envolvido na novela Mini, saindo como vítima no episódio Motorsport Itália, ao melhor estilo da máfia italiana. João Silva saiu para o estrangeiro, mas a participação na WRC Academy ficou-se pela metade, devido à falta de apoios.

Não podemos deixar de falar no Fafe Rally Sprint e num grande sonho. Esse sonho parece hoje mais próximo da realidade, depois de uma prova inequívoca de que o norte não esqueceu os ralis! O evento organizado antes do Rali de Portugal, que trouxe as estrelas do WRC a Fafe foi um sucesso tremendo.

Este é um tema sensível, que na minha opinião nem sempre é tratado da melhor forma. Não sou adepto de bairrismos (uma versão de nacionalismo à escala). Mas é um facto inegável, que existe uma cultura ligada aos ralis com grande enraizamento a norte do Tejo, que uma prova do Mundial aí realizada iria ser um evento muitíssimo mais valioso, do que aquele que todos os anos passa pelo Algarve, como já aconteceu no passado. O Fafe Rally Sprint é a prova de que esse passado está bem presente, de que poderemos reviver esse passado no futuro!

Esse futuro pode estar próximo, 2013 poderá vir a ser o último ano de Rali de Portugal no Algarve, se vierem a confirmar-se os contactos que o ACP tem mantido com autarquias do norte e centro do país. E aqui fica a primeira mensagem de esperança!

A segunda prende-se com os rumores que vão circulando pelo país, e que apontam para alguns projectos muito interessantes nos ralis nacionais, no próximo ano. Fala-se no regresso de viaturas Super 2000, em novos carros, em novos projectos. Felizmente que ainda há gente com vontade de investir nos ralis. É que se não fosse assim, por esta altura estaria a escrever sobre a extinção da modalidade em Portugal.

A terceira mensagem positiva vem do exterior, o WRC terá um novo campeão, depois do abandono de Sébastien Loeb. O Mundial terá em 2013 a Citroen, a Volkswagen e uma Ford semi-privada, com vários pilotos com grande possibilidade de vencer. Um ano que promete!

Por tudo isto, esperamos que o próximo ano seja melhor que 2012. Que mudemos de rumo, é isso que desejamos!

Boas entradas, sempre a fundo!

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