O Rali do México foi tudo menos emocionante. Poucos concorrentes, quase total ausência de lutas por qualquer posição. Com o decorrer da prova quase parecia um rali de regularidade, passe o exagero, mas mesmo assim Latvala conseguiu perder a 3ª posição ao capotar o Fiesta.
Loeb tornou a vencer no México e reforçar a liderança no Mundial. Hirvonen cumpriu às mil maravilhas o seu papel de segundo piloto e no campo da Ford foi um acumular de asneiras e problemas, com o cúmulo a ser a desistência de Latvala, quando no troço maior do dia decidiu, ou terá recebido ordens para atacar, e mais uma vez “borrou” a pintura, acabando por ser obrigado a desistir devido aos danos no Fiesta, especialmente no rol-bar. Por decisão própria ou por ordem de M. Wilson, não se compreende tal estratégia quando tudo estava mais que definido e Latvala não podia de todo ascender na classificação.
Com isso P. Solberg acabou por herdar o terceiro lugar, mas começa a ficar na ideia que ao norueguês começa já a faltar qualquer coisa para se poder bater pela vitória. Esperemos pelas próximas provas para ver se P. Solberg nos desmente!
Com uma diferença cada vez mais abismal entre os (verdadeiros) oficiais e todos os outros, sejam oficiais ou aparentados, acabou por ser M. Ostberg que foi o melhor, terminando em quarto, batendo por pouco o jovem estónio Ott Tanak.
Em sexto terminou Nasser Al-Attiyah, mas já a mais de 6 minutos e meio de Loeb, mas como também não teve grande oposição, o piloto do Qatar limitou-se a terminar a prova.
Em sétimo, na melhor classificação da sua carreira, terminou Armindo Araújo, uma classificação que ficará sempre bem no seu palmarés, mas que atendendo à conjuntura do rali, é o lugar alcançado quase só devido aos erros que outros pilotos foram tendo, nomeadamente, o já referido Latvala, mas também Novikov, que depois de duas provas a alto nível, voltou aos “velhos” registos, andamento forte… até bater, e ainda o caso de T. Neuville, com um início de rali quase de sonho, depois manchado com uma saída de estrada, mas que regressando em Superally fez tempos muito bons.
Armindo Araújo passou todo o rali sem ter quem quer que fosse para lutar, senão veja-se que Al-Attiyah, que ficou à sua frente na classificação, ficou a mais de 6 minutos! Daí que a estratégia de contenção mais uma vez tenha resultado.
No oitavo lugar terminou Sebastien Ogier, tendo K. Block, autor de mais uma prova cinzenta e atribulada, terminado em nono, e Ricardo Trivino, no Fiesta WRC, a fechar o Top10.
Na Power Stage, P. Solberg deu um ar da sua graça e foi o mais rápido, seguido por Loeb e Ostberg.
Benito Garcia foi o vencedor do PWRC, onde o interesse competitivo foi quase nulo. Nicolas Fuchs foi segundo (a mais de 4 minutos de Guerra) e Kosciuszko fechou o pódio.
José Bandeira - Motores Magazine
Sem comentários:
Enviar um comentário