Como nos referiu o navegador de Luís Mota “2010 foi super positivo. Em ano de estreia a sério como navegador conseguir títulos o que é formidável. Claro que fazer equipa com o Luís Mota, qualquer navegador é candidato a ganhar mas a minha falta de experiência poderia trazer alguma dificuldade. Isso notou-se nas primeiras provas onde a falta de confiança era óbvia e os resultados demonstravam isso mesmo. Mas aos poucos fomos melhorando e a meio do ano já tínhamos um bom ritmo tanto de notas como de condução e isso trouxe-nos os bons resultados”.
Numa época que apesar tudo teve os seus pontos altos e baixos, o piloto e navegador de Sintra adiantou ainda que “sem dúvida que o ponto alto foi a vitória no rally do Vidreiro onde houve chuva, sol, pneus furados, duas saídas de estrada em que entrámos para o último troço com a vitória na mão mas a saída de estrada para o meio do público quase que deitava tudo a perder. Felizmente ninguém se aleijou e conseguimos fazer um "forcing" final e ganhámos por 2 ou 3 segundos, o que foi espetacular! O ponto baixo penso que terá sido o rally de Arganil onde começamos a fazer a fase de terra no Open. Começámos bem a prova, estávamos em primeiro ou segundo quando se soltou o macaco que fez saltar o tubo de gasolina, fomos obrigados a parar no meio da especial e perdemos muito tempo acabando por ficar num 8º lugar. Com este resultado o campeonato estava praticamente entregue aos adversários, e saímos de Arganil algo frustrados”.
Questionado sobre a fórmula de sucesso para a conquista do título no Campeonato Regional Ralis Norte, Regional Ralis Centro e ainda o Vice Campeonato no Open de ralis, Alexandre Ramos afirma “Acho que o segredo é a combinação de dois factores. Um é a nossa forma de estar e de encarar os ralis, onde entramos sempre para ganhar mas sem demasiadas pressões e tentamos levar os ralis como forma de diversão e de escape á nossa rotina laboral. O outro factor foi sem dúvida a nossa fiabilidade que nos permitia encarar as provas sempre com um bom ritmo e que quando surgia algum problema os mecânicos tudo faziam para o solucionar”.
Em 2011 a dupla que obtêm mais títulos regionais em Portugal vai voltar a apostar na revalidação destes títulos e principalmente na luta pelo Campeonato Open que sempre “fugiu” a esta equipa, apostando numa nova montada, um Mitsubishi EVO VII que irá permitir assim à dupla ser sempre um dos sérios candidatos ao título.
Por fim Alexandre Ramos deixa um agradecimento “ao meu pai que mesmo sem se interessar muito pelos meus hobbies e algumas vezes até a "dar-me na cabeça", conseguiu sempre organizar o trabalho na empresa de forma a ter as folgas necessárias. A toda família e amigos que me ajudam principalmente à minha irmã que em relação aos ralis é incansável e me tem aturado muito. Claro que não posso esquecer toda a estrutura e família Mota a oportunidade e o apoio que me deram ao fazer parte dessa equipa. Muito obrigado a todos”, concluiu Alexandre Ramos.
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