A lusofonia está em grande no panorama dos ralis mundiais, contando não só com os projectos de Araújo, Sousa e Magalhães, mas também com o ataque de Daniel Oliveira e do Brasil ao Campeonato do Mundo de Ralis.
O Brasil é hoje a oitava maior economia do mundo, um país que transpira optimismo e trabalha actualmente em grandes projectos. Para além de receberem o próximo Campeonato do Mundo de Futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, os brasileiros mostram agora interesse em afirmarem-se nos ralis. O sucesso no automobilismo não começa aqui para o povo brasileiro, Ayrton Senna é uma lenda mundial e outros venceram na F1, como Emerson Fittipaldi ou Nelson Piquet.
O maior país da América do Sul também já teve uma prova do Campeonato do Mundo de Ralis, em 1981 e 1982, com as vitórias a ficarem para Ari Vatanen e Michele Mouton respectivamente.
O Brazil World Rally Team alinha no Campeonato do Mundo de Ralis, com Daniel Oliveira ao volante e o português Carlos Magalhães nas funções de navegador, a bordo do Mini John Cooper Works construído e assistido pela Prodrive. No próxima prova - Rali da Sardenha - a equipa irá evoluir para uma versão World Rally Car do Mini. Este projecto, que arrancou no Rali de Portugal, tem gerado cada vez mais interesse dos brasileiros, que começam a acompanhar a modalidade. Talvez por isso o carro sem patrocinadores que surgiu em Portugal, tenha recebido alguns autocolantes para a Jordânia..
O furor da economia brasileira permite que este projecto ganhe cada vez mais apoios. Falemos dos nomes: Bahiatursa, o promotor de turismo do estado da Bahia; Keta, uma empresa do sector financeiro e dos seguros e ainda a Embraer, terceiro fabricante mundial de aviões. Contudo, não se pense que seja fácil montar um projecto desta envergadura, mesmo num país em ascenção económica, como se pode constatar pelo decréscimo de representantes brasileiros nas várias competições automobilisticas mundiais e mesmo na F1. Dos quatro pilotos que o Brasil tinha no ano passado, restaram apenas dois: Felipe Massa e Rubens Barrichello. Lucas di Grassi ficou sem vaga, e Bruno Senna é piloto de testes da Renault.
Fala-se na possibilidade da equipa BWRT poder vir a ter um segundo carro em 2012, e Daniel Oliveira confirmou isso mesmo numa entrevista, onde acrescentou que o segundo piloto não tinha necessariamente de ser brasileiro.
Esperemos que este projecto se prolongue no tempo e que os ralis comecem a fazer parte da paixão que o povo brasileiro nutre pelo desporto.
Sem comentários:
Enviar um comentário