Sébastien Loeb limpou tudo: a estrada para os seus adversários e a vitória final na Sardenha provando que é possível vencer em troços de terra sem recorrer à táctica. Aliás, desta feita, o único que as utilizou terminou em quarto…
Latvala e PG Andersson começam o dia com os dois melhores tempos na primeira especial. Hirvonen recupera tempo a Loeb mas o francês deixa entender nas suas declarações que tem tudo sob controlo: “Vou perder tempo hoje mas provavelmente não muito”. Solberg alterou a carga dos amortecedores mas em vez ficar satisfeito com a alteração afirma que o comportamento do carro ficou bastante mau.
No segundo troço do dia Loeb respondeu e ganhou 4,3s a Hirvonen que falhou a trajectória numa curva perdendo algum tempo. Para não variar, Latvala voltou a ser o mais rápido.
Loeb entra, então, em modo de gestão e Hirvonen ganha-lhe 10,5s enquanto Ogier bate numa pedra e para ao pensar que tinha furado. Na verdade era a suspensão traseira esquerda que tinha sido afectada e o francês perde mais de um minuto para os primeiros. Em full attack esteve Petter Solberg que no final do troço ainda considerava que tudo era possível depois de marcar o tempo mais rápido da terceira especial do dia.
Restava a Power Stage para atribuir os pontos bónus, uma vez que poucas coisas haveria para decidir em termos de geral numa classificativa com pouco mais de 8 kms. Hirvonen foi o melhor e somou os 3 pontos da Power Stage aos 18 do segundo lugar. Latvala aproveitou os 2 pontos para não sair da Sardenha em branco apesar de ter sido o piloto que mais troços ganhou ao longo do fim de semana e Loeb ainda foi buscar mais um pontito para somar aos 25 do triunfo.
Armindo Araújo enfrentou muitos problemas ao longo do fim de semana e acaba por ter um balanço bem diferente do que terá feito após o Rali de Portugal. Se no nosso país a versão do MINI não era a mais evoluída, o andamento do português foi espectacular mas terminou com o amargo da desistência. Na sardenha, já com a versão completa do MINI John Cooper Works WRC, Armindo revelou andamentos aquém das espectativas criadas mas acabou por conseguir terminar a prova, apesar de alguns problemas, na 11ª posição da geral.
Na SWRC, OTT Tanak concretizou em resultados a liderança ao longo de todo o fim de semana impondo-se a um muito mais credenciado Juho Hanninen. Al-Attiyah aproveitou os problemas de Prokop para subir ao pódio.
Bernardo Sousa que rodou regularmente na 5ª posição do SWRC acabou por desistir na penúltima especial com problemas mecânicos no seu Ford Fiesta S2000. A falha do rolamento do tensor do alternador do Fiesta impediu que Bernardo Sousa pontuasse, “este foi um dos ralis mais inteligentes do ponto de vista estratégico na minha carreira, sabia o que tinha de fazer para ultrapassar a Sardenha com saldo positivo a pensar no campeonato deste ano, não corri qualquer risco e mantive-me focado no objectivo de terminar nos pontos, para me manter nos lugares da frente da classificação. O carro esteve sempre muito bom, e lamento que tenha sido algo tão simples como um mero rolamento a colocar-nos fora de acção, e agora quero é esquecer rapidamente esta prova e pensar já na Grécia e no Rali da Acrópole que será o próximo rali onde vamos estar”, referiu o piloto madeirense.
Francisco Veloso - Fórmula Rali com José Bandeira - Motores Magazine
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