domingo, 1 de maio de 2011

Vítor Lopes imparável!

Vítor Lopes afirmou que ia a Fafe para vencer, e cumpriu a promessa. Aos 44 anos e já numa fase de carreira (quase) “Gentleman Driver” consegue a primeira vitória à geral numa prova do “Nacional” de Ralis.


Se muitos prometem e raramente cumprem, Vítor Lopes, em Fafe, não foi desses. Prometeu que ia lutar pela vitória e alcançou-a quase sem luta dos adversários, dado o seu domínio quase avassalador desde o primeiro troço. Mesmo hoje, já com grande vantagem, venceu três dos quatro troços disputados.
“Foi uma vitória merecida. Entrámos confiantes e lutámos por ela. Este é um rali onde todos gostam de andar no máximo, e isso deu-nos um prazer especial. Vamos continuar a lutar prova a prova pelos nossos objectivos. O carro e a equipa estiveram como de costume, ou seja, ao mais alto nível. Para mim fica o trabalho mais fácil, que é tirar e pôr o carro na assistência. Depois, só tenho de andar rápido”, afirmou Vítor Lopes.
Quem deve ter saído de Fafe algo preocupado foram os seus adversários directos, Pedro Meireles que não chegou a intrometer-se na luta e que acabou por desistir depois de um toque que lhe empenou o eixo do Evo X; Pedro Peres, por muitos considerado o principal favorito, porque esteve muito longe de o comprovar, fazendo uma prova algo cinzenta, dando a espaços ainda a ideia que atacaria a segunda posição, mas rapidamente se conformando com o terceiro lugar; mas também Vítor Pascoal, com um Evo X, alugado a outro preparador espanhol, a RMC, mas que esteve sempre demasiado longe de Vítor Lopes.
Numa prova onde todos os que acabassem ficariam bem classificados, dado o número reduzido de participantes, João Silva, no Clio R3 da ARC Sport, “passeou” a sua superioridade no CPR2, em condições de piso novas para o piloto madeirense, mas convenhamos que também não teve adversários à altura, até porque aquele que eventualmente o poderia ser, Paulo Antunes – mesmo se com um carro nitidamente inferior -, teve um rali para esquecer, tantos os problemas no C2, algo que levou que nem a segunda posição no CPR2 conseguisse, sendo suplantado por Ivo Nogueira.
E assim terminou a terceira prova do CPR 2011 - que terá agora um longo interregno até meados de Julho, com a disputa do SATA Rali Açores - uma prova que não deixará grandes saudades, com uma estrutura de dois dias, desajustada da realidade actual, com um número reduzido de concorrentes, apenas “iludido” com o recurso a concorrentes à Taça de Portugal e ao Regional (competições onde o vencedor foi Júlio Bastos), mas apenas nas primeiras classificativas, tal a quantidade de desistências que aconteceram, organizado por um clube que pouco ou nada se preocupa com a promoção da sua prova – nem o link dos tempos online divulga atempadamente!... - valendo-se apenas do facto de a disputar numa das “catedrais” dos ralis, algo que ainda vai atraindo algum público!

José Bandeira - Motores Magazine

Sem comentários: