sexta-feira, 10 de junho de 2011

Entrevista a Fábio Ribeiro

Fábio Ribeiro está na luta pela vitória no Troféu Fastbravo, ocupando actualmente a segunda posição. Estivemos à conversa com o piloto navegado por Eurico Adão, que nos revelou que esta será a última época no troféu. 



Uma vitória e dois pódios colocam-te no segundo lugar do troféu, qual é o balanço?
Não foi bem o que esperávamos, mas não pode deixar de ser positivo, o nosso objectivo é lutar pela primeira posição mas em todas as provas houve pequenos problemas que condicionaram o resultado final. O pior aconteceu no Rali Vidreiro, uma desistência com problemas mecânicos e logo na prova que nos sentimos mais à vontade, quando estávamos na frente do rali, pois entrámos completamente ao ataque e com muita confiança e queriamos ganhar junto dos nosso adeptos e patrocinadores. O melhor acabou por ser o Rali Serra da Freita, apesar de termos vivido um autêntico inferno na semana que antecedeu a prova com toda a equipa a esforçar-se imenso para estarmos à partida até à última da hora, e com o carro pouco colaborante nas subidas, conseguimos por fim vencer e dar um grande prémio à equipa que assim ascendeu ao segundo lugar e voltou a estar na luta pelo Troféu Fastbravo.


Como é que encaras a fase de terra que se aproxima? Preferes esse tipo de piso ao asfalto?
A fase de terra é sempre bem vinda, é onde tiramos o maior partido dos pequenos Marbellas e nos divertimos mais, podendo dar maior espectáculo ao público. Para quem guia um Marbella é natural que prefira os pisos de terra, no entanto sinto-me bem tanto no asfalto como na terra e não tenho nenhuma preferência. Tenho tentado evoluir em ambos os pisos e como se traduzem em sensações diferentes gosto de conduzir em ambos. Neste momento já estamos a preparar a fase de terra de modo a que tudo corra bem e iremos brevemente fazer alguns testes, para podermos trabalhar mais o carro e para eu ganhar ritmo nos troços de terra, que são mais exigentes fisicamente para o piloto.

Qual é o objectivo que traças para a fase final do campeonato?
O objectivo que traço para o final do campeonato é continuar na luta pela liderança do troféu, o nosso objectivo para esta época é o de sermos campeões e esperamos na fase de terra deixar de lado os azares que nos atrapalharam no asfalto, para podermos impor o nosso andamento e lutar sempre pelo primeiro lugar, nunca pondo em causa as capacidades dos nossos adversário que conosco têm tido grandes lutas , animando bastante a competição.

És o único piloto a competir no Troféu Fastbravo desde a primeira edição, qual é a maior lição que retiras desta denominada 'Escola dos Ralis'?
É verdade que sou o único presente desde o incio, no entanto so no primeiro ano tive uma época completa. No Troféu Fastbravo aprendemos muito sobre o que são os ralis, quem quer realmente seguir uma carreira nos ralis é muito importante as lições que aprendemos no troféu, onde somos obrigados a dar o máximo para podermos lutar pelos primeiros lugares. O troféu tem tido edições sempre com bons pilotos e muito bem disputadas o que nos obriga a evoluir corrida após corrida se quisermos atingir os nossos objectivos. Existe um espirito competitivo muito forte o que nos leva a levar os carros ao limite e a nós próprios. Este troféu dá-nos muitas bases enquanto pilotos de ralis e prepara-nos da melhor maneira para enfrentar novos desafios nas nossas carreiras.

Sabemos que já tentaste montar outros projectos, no sentido de evoluir na tua carreira. Este ano vais voltar à carga? Repetir o troféu também é hipótese?
Sim, este ano vamos voltar à carga e tentar montar um novo projecto de modo a poder evoluir a minha carreira nos ralis. O nosso projecto passa sempre por uma época noutro troféu do campeonato Open, de modo a que possamos ter um objectivo claro e concorrência que nos faça evoluir. Não escondemos que a nossa vontade será a de disputar uma época no Desafio Modelstand, sabemos que temos condições para podermos sermos competitivos, no entanto é um passo que queremos dar de forma segura, e neste momento não é fácil arranjar parceiros para garantir um orçamento para tal. Não vamos baixar os braços e sabemos que temos valor para dignificar os patrocinadores que apostem em nós. Caso esta hipótese não se concretize, não penso voltar a repetir o troféu mas sim realizar um mini programa com um carro mais competitivo que me permita evoluir e preparar a época seguinte da melhor maneira.

Agradecimentos
Existem sempre muitas pessoas a quem devemos agradecer quando temos o previlegio de conduzir um carro de ralis, especialmente com orçamentos pequenos. Essas pessoas vão desde os patrocinadores que me têm acompanhado e acreditado na minha carreira, e sem eles era impossivel fazer ralis, à minha familia pela paciência que tem nos fins-de-semana de corridas, especialmente o meu pai que é sempre incansável para que tenha tudo pronto e da melhor maneira, aos amigos que ao longo da época me vão dando força e apoio para que encare as provas com a máxima confiança e à equipa que este ano parcialmente me acolheu e tão bem tenho sido recebido por todos na RF Competições. Um agradecimento ainda ao Eurico que muito se tem esforçado em aprender e tem sido um enorme amigo dentro e fora do carro e sem ele estes resultados não seriam possiveis.

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