Ricardo Moura e Sancho Eiró foram ao Faial buscar a sua terceira vitória em outras tantas provas do Campeonato de Ralis.
O domínio do campeão dos Açores voltou a ser avassalador o que, diga-se reflecte a diferença de ritmo entre o líder do Team Além mar e todos os restantes. Moura entrou com alguma contenção na super especial da Praia do Almoxarife, facto que realçámos na reportagem do dia de ontem, mas hoje Moura decidiu puxar dos galões e foi ganhando troço após troço até cavar uma diferença superior aos 2 minutos para o segundo classificado.
Apesar de não ter precisado forçar andamentos, Ricardo Moura foi sendo sempre muito rápido apesar dos pisos se apresentarem muito soltos, secos e escorregadios e com a agravante do piloto do EVO IX azul ter tido a ingrata mas habitual tarefa de “abrir” a estrada.
Para as posições do pódio já houve luta embora Luís Miguel Rego e Pedro Rodrigues cedo tenham assumido o segundo lugar para não mais o largar depois do melhor arranque de Ricardo Carmo e Justino Reis. Sérgio Silva e Marco Medeiros pareciam ser os únicos com possibilidades para se intrometer em mais um pódio inteiramente Além Mar mas apenas cumpriram as duas primeiras classificativas, sendo depois forçados a abandonar com problemas no Impreza.
Para as quarta e quinta posições assistiu-se a mais uma luta a dois entre João Borges e Rui Torres. O veterano micaelense, navegado por Marco Martins esteve sempre perto do piloto da Jante 18 Competições mas a vantagem de Borges e Sandro Sousa foi paulatinamente aumentando até se cifrar nos 22,3s finais. Ainda assim, Borges queixou-se de ter furado ainda na primeira metade da prova e de ter sofrido uma pequena saída, situações que o fizeram perder algum tempo.
Nas duas rodas motrizes assistiu-se a mais uma prova muito bem disputada de que saíram vencedores Rúben e Estevão Rodrigues naquele que foi o primeiro grande resultado da jovem dupla micaelense desde que adquiriram o seu Citroen C2 R2 Max. Carlos Costa, navegado por Fernando Nunes, apesar de não vencer como pretenderia, garantiu um óptimo resultado para o campeonato em que está envolvido, uma vez que Henrique Moniz que também fez uma prova de grande nível acabou por desistir. Costa partiu o colector de escape da parte da tarde e o Citroen C2 R2 acabou por perder rendimento. Henrique Moniz e Pedro Machado, pelo seu lado, rubricaram bons tempos em grande parte das especiais mas já desde a 3ª especial de classificação estavam arredados da vitória em virtude de uma saída em que só conseguiram retomar a estrada muitos minutos depois. Ainda assim, face ao escasso número de concorrentes era importante tentar terminar mas o abandono surgiu já perto do final da prova faialense. Assim, os terceiros das duas rodas motrizes acabaram por ser Hugo Alcântara e Nuno Cabral que mesclaram tempos de grande qualidade com outros em que denotaram maiores dificuldades. Na 9ª e última posição da geral classificaram-se Filipe Costa e Flávio Mota.
Dos 18 concorrentes que iniciaram a prova do Campeonato dos Açores de Ralis, metade ficaram pelo caminho. Para além dos já falados Sérgio Silva e Henrique Moniz, também Bruno Amaral e Pedro Câmara ficaram pelo caminho quando eram 4ºs da geral. José Paula e Miguel Ribeiro voltaram a ser infelizes. Paula capotou mas conseguiu prosseguir em prova até abandonar na assistência fruto dos danos sofridos pelo EVO IX. Paulo Nóbrega e Miguel Ângelo também não conseguiram chegar à Horta para se apresentarem no pódio final, tal como também não o conseguiram os seus conterrâneos Marco e Tânia Silva. Entre as equipas com carros com motorizações de 2000cc desistiram João faria e Carlos Medeiros, Carlos Andrade e Rui Silva e César e Emanuel Romeiro.
José Silva ganha na estreia em provas do Regional
“Atípica”, é o adjectivo que melhor se adapta para caracterizar a prova do Campeonato Open de Ralis dos Açores. Todos os pilotos penalizaram em momentos diferentes das suas provas, alguns fortemente e por avanço, situação que não se poderá considerar normal. Contas feitas, José Silva e Élio Medeiros foram os mais rápidos naquela que foi a prova de estreia do piloto em provas do Campeonato dos Açores de Ralis e a segunda com o Mitsubishi Lancer EVO V. Depois da penalização de 3 minutos reais imposta a Tiago Mota e José Pimentel, o objectivo da dupla micaelense passava por vencer os restantes 8 troços mas um furo na PE 8, numa altura em que até a vitória parecia ser possível, acabou por não o permitir. O segundo lugar premeia o mérito de uma actuação sempre rápida do homem do Citroen Saxo. Emanuel Marque e Ronaldo Marques foram terceiros depois de uma prova muito certinha que tinha como único objectivo inicial o estar presente à chegada. Quem a certa altura parecia ter a prova no bolso era Paulo Costa e Pedro Capela apesar de alguns problemas que retiravam potência ao Subaru Impreza. Só que uma penalização de 7 minutos reais deitou tudo a perder. A saída de estrada da última especial também não estaria no programa do faialense mas a chegada ao final do rali e a respectiva pontuação acaba por ser um motivo de satisfação numa prova que não correu de feição.
Francisco Veloso - Fórmula Rali
Foto: Arquivo Fórmula Rali
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