Foi um último dia onde a luta aos pares acabou por não se concretizar. Bruno Magalhães, numa altura em que lutava pelo terceiro lugar com Kopecky acabou por ter problemas de transmissão na especial 13 - Graminhais 1 - que o levaram à desistência ainda antes da especial seguinte, a Tronqueira. Com isso, Kopecky, autor de uma prova algo cinzenta, limitou-se a levar o Fabia ao final, ficando com o terceiro lugar do pódio.
Também a luta pela vitória acabou por não se concretizar, pois Mikkelsen acabou por "desistir" de tentar contrariar a natural superioridade de Hanninen, piloto que em condições normais, continua a parecer estar um nível acima de todos os outros... arrecadando mais uma vitória, curiosamente num campeonato, o IRC, no qual não estava previsto lutar. Mas, tendo em conta o "cinzentismo" de Kopecky, Hanninem irá estar também no Barum, pelo que será sempre o principal candidato a novo título no IRC.
Com Bouffier a fazer uma prova mais que cinzenta, mesmo se o desconhecimento dos Açores e uma menor performance na terra possam servir de alguma atenuante, mas a um piloto "oficial" exige-se que lute sempre pelas primeiras posições, e no SATA isso nunca aconteceu com Bouffier.
Na quinta posição, último dos S2000, terminou Sandell, em mais uma prova também ela longe daquilo que este piloto já demonstrou no SWRC.
Na sexta posição ficou Ricardo Moura, autor de um excelente andamento, mas que de pouco lhe serviu, porque não tinha carro para se chegar mais à frente e os seus possíveis opositores, na realidade nunca o foram. Moura venceu o quase anónimo "Nacional" (CPR) e logicamente o "Regional" (CAR).
No CPR, Vítor Lopes, ao terminar em sétimo da geral, foi segundo, mas a "anos-luz" de Moura e com também "um calendário" de avanço sobre Vítor Pascoal. Cada vez está mais competitivo este CPR 2011!!!
NO CAR, Sérgio Silva foi segundo, mas o destaque merecido deve ir para Paulo Maciel, que ao volante dum já vetusto Citroen Saxo, foi o melhor dos duas rodas motrizes, décimo da geral, e ficou à frente de gente bem melhor apetrechada - em carros, perceba-se! - provando que com poucos ovos ainda se conseguem fazer boas omoletes! Pena é que os "donos" dos ralis nos Açores não tenham olhos para outros pilotos, como Paulo Maciel, e continuem a apostar sempre nos mesmos!...
E assim se acabou mais uma edição do SATA Açores, uma prova onde claramente se notou a falta de um maior número de carros (e pilotos) de qualidade...
Classificações
José Bandeira - Motores Magazine
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