Aqui fica um texto de opinião de Francisco Veloso sobre o caso que motivou a anulação da dupla passagem pelo troço dos Vimiais do 3º Rali ilha Graciosa. Afinal sempre haverá alguém que na Graciosa não gosta de ralis! Sendo apenas um, é triste que queira, e neste caso tenha conseguido, condicionar todos os outros!
Não conheço o indivíduo em questão. Aliás, na Graciosa, deveria ser dos poucos que não faziam a mínima ideia se o sujeito é alto ou baixo, gordo ou magro. Na verdade, ninguém mostrou ter grandes dúvidas quanto à autoria das patifarias que levaram à anulação das duas passagens pelo troço dos Vimiais, no Rali da Graciosa, nem mesmo um agente da autoridade com quem conversámos off the record, obviamente.
A ser verdade, o indivíduo terá o cadastro limpo como o rabinho de um bebé mas terá já cometido um conjunto de malfeitorias de que nem sequer saiu ilibado pelo simples motivo de que nunca sequer se procurou averiguar…
Desta vez a coisa parece ter ido demasiado longe. Os “ouriços” de pregos e o óleo estrategicamente colocado na zona de descida, junto às curvas, mesmo nas áreas de travagem, atribuem ao acto um carácter de premeditação difícil de negar.
Felizmente, precavidos pela eventualidade do indivíduo voltar a atacar (no I Rali da Graciosa terá despejado um carregamento de brita no mesmo local), vários elementos da organização passaram pelo troço manhã cedo e depararam com as armadilhas. Que saibamos, pelo menos 3 viaturas civis terão sofrido furos, já para não falar no jipe da polícia. Nem queremos imaginar no que aconteceria se os primeiros a primeiros a passar no local tivessem sido os concorrentes em ritmo de competição…
Não se podendo condenar ninguém de forma leviana, é imperioso que, desta vez, se investigue, se tirem as conclusões todas e se puna exemplarmente o(s) responsávei(s). Infelizmente, a atitude a que tive oportunidade de assistir não indicia nada de bom. Havendo um “suspeito” era natural que o mesmo tivesse sido imediatamente confrontado com os acontecimentos mas a ideia com que fiquei é que se ninguém se mexer, este será mais um caso arquivado ainda antes de aberto.
Pedro Costa, presidente da AGRAPROME, exigiu uma investigação no discurso da cerimónia de entrega de prémios. Olavo Esteves, seguiu a mesma linha e aconselhou até linhas de investigação. Mas independentemente da formalização de queixa junto das autoridades policiais, não estaremos perante um crime público, daqueles que carecem dessa mesma queixa para que o processo de investigação seja despelotado?
Francisco Veloso - Fórmula Rali
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