Fique a conhecer alguns dos apontamentos da segunda prova do regional sul. Desde as opiniões dos concorrentes, às prestações dos locais, e da surpreendente moldura humana que esteve em Serpa.
A prova foi do agrado dos concorrentes, com diversos elogios ao traçado, principalmente do primeiro troço, apesar de reconhecerem alguma dureza nos pisos. No entanto, a organização não se livrou de algumas críticas, principalmente por causa dos roadboaks da prova, que tinham algumas imprecisões do traçado e induziam dúvidas nas equipas.
A recente entrada de algumas equipas no pelotão do regional, fizeram aumentar o interesse pelos ralis a nível local, e criaram muitas expectativas num bom resultado. Infelizmente, o decorrer da prova não foi favorável às equipas de Serpa. Os favoritos locais, Carlos Martins / Aníbal Martins viram a transmissão central do Mitsubishi Lancer partir na Super Especial e já não arrancaram para o segundo dia. Orlando Bule e Xavier Chaves pouco mais fizeram, com a caixa de velocidades do EVO 7 a quebrar no início da primeira especial de domingo. A engrossar o lote de desistências também João Martins / Alfredo Cruz viram o turbo do Escort partir no final da PE 2. Assim, os melhores representantes foram António Lamúria / Nuno Granda, em Ford Escort Cosworth, que acabaram na nona posição.
Muitos concorrentes mostraram-se surpreendidos pela verdadeira moldura humana que acorreu à super especial, que se repetiu na estrada no Domingo. A paixão pelos ralis está em força no Alentejo, e muito tem contribuido a promoção através das redes sociais. A divulgação da prova do Aero Clube de Beja foi bem sucedida, com toda a informação relativa à prova, principalmente através do Facebook. O contributo do adepto tem sido fundamental, pois para além da interação com os concorrentes, também tem sido um meio de divulgação de vídeos e fotos de prova.
O esquema do rali de Serpa foi idêntico ao de 2010, e é possível perceber a importância do conhecimento do terreno. Do lado dos azarados, referência à Monchiconta Team e ao regresso de Rui Coimbra no Opel Corsa.
A segunda edição do Rali Cidade de Serpa, sob a batuta do Aero Clube de Beja, foi semelhante à edição de 2010. Comparativamente, entre as duas edições, apenas os tempos da super especial noturna não foram melhorados, pois Daniel Nunes fez mais 1,4 segundos que Teodósio no ano passado. A história dos troços de domingo, foi diferente com o piloto da Guia a melhorar significativamente os recordes. Nos 10,2 quilómetros da Flor do Alentejo, tirou 14,2 segundos, enquanto na especial de Serpa, em 8,6 quilómetros , tirou 17,5 segundos. Também o Gil Antunes melhorou os tempos entre os concorrentes das duas rodas motrizes.
Uma vez mais a equipa Monchiconta não foi feliz. Marco Gonçalves e Pedro Arroja debateram-se com alguns problemas no Peugeot 306, no entanto, e no final da quinta especial do rali fechavam o top 10, eram segundos nas duas rodas motrizes e vencedores da Classe II. Mas, como os ralis só terminam no Parque Fechado, a quebra de uma transmissão impediu de concluir o percurso colocando um ponto final nas aspirações da equipa.
O regresso de Rui Coimbra ao regional não correu da melhor forma. Logo na super especial de abertura uma transmissão partida levou ao incumprimento da mesma, e posterior penalização. Depois de resolvido o problema, entrou com muita garra em prova, sendo dos concorrentes mais exuberantes, espetaculares e rápidos, recuperando algumas posições – subiu até ao 17º posto. Abandonou à entrada da última especial com rali com uma avaria no Opel Corsa. Relembro que nesta prova foi acompanhado pela Nirce Araújo.
Joaquim Macedo - Quim Rally
Foto de Viriato Pardal
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