Logo ontem se percebeu que a Hirvonen bastava controlar e controlar-se para se manter na liderança. Ostberg passou Novikov e caso nenhum destes tenha qualquer problema, o pódio deverá estar feito.
Depois de um 2º dia muito complicado com a chuva e nevoeiro e que acabou por se transformar num “meio-dia”, este sábado, embora tenha amanhecido chuvoso junto ao litoral, isso já não aconteceu na serra algarvia, e como iam avançando as horas, o sol até chegou a espreitar com alguma “vontade”.
Com isso, os pisos foram secando e na última especial em que estivemos, Loulé 2, o pó já incomodava! Ora o facto dos pisos não estarem tão enlameados como muito contariam acabou por não beneficiar tanto os primeiros na estrada e até trouxe complicações a muitos pilotos que tinham escolhido pneus moles, a pensar na chuva e lama… que não apareceu.
Desportivamente, bem que podemos agradecer à regra do superally, porque senão mais valia ficar em casa. Para muitos, demasiado puristas e nostálgicos, o superally é algo que abominam, mas se não fosse isso, o Rali de Portugal 2012 teria sido uma prova muito mais insípida. Sim, porque mesmo com muitos a regressarem em superally, a edição 2012 do Rali de Portugal, a nível de interesse desportivo, tem deixado muito a desejar.
Com os pilotos da Ford e o piloto MINI Dani Sordo a serem (quase) os únicos – além de Ogier – a andarem verdadeiramente a sério, todos eles acabaram por sofrer problemas, Solberg de direcção assistida, Latvala de pressão de combustível, e Sordo de escape e consequente entrada de gases no habitáculo. Destes, Solberg foi o que menos perdeu tempo, e fruto de uma boa actuação, chegou mesmo a rodar em quarto, terminando a etapa em 5º. Mas a Ford não irá levar grandes recordações da prova portuguesa, com pilotos e carros a estarem uns furos abaixo do expectável.
Quanto a Armindo Araújo, teve uma primeira secção em que quase passou despercebido, tal a mediocridade dos tempos alcançados – foi 14º, 15º e 14º em cada um dos 3 troços – e quando em Almodôvar 2 até conseguiu o 8º lugar, embora beneficiando dos problemas de vários pilotos, acbou por desistir em Vascão 2, devido à quebra da direcção e suspensão. Deverá voltar amanhã em superally. Mas no clã MINI, também Sandell, autor de uma boa prova, também acabou por ficar pelo caminho depois de um toque na 14ª especial.
A nível da FIA WRC Academy, a vitória foi para Alistair Fisher, no S-WRC, a liderança é de Y. Al Rajhi, enquanto no quase “invisível” CPR, Pedro Meireles ganhou, embora no dia de hoje, Ricardo Moura – que finalmente fez algum rali! – tenha sido o mais rápido, arrecadando 10 pontos de bónus.
Amanhã há mais, quase apenas e só uma formalidade, restando apenas algum interesse para ver quem arrecada os pontos da Power Stage. Isto se não desatar a chover e os “meninos” começarem a “encostar”!…
José Bandeira - Motores Magazine
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