Foi um rali que só não teve história para o primeiro lugar da geral, pois de antemão Ricardo Moura era um vencedor anunciado.
E se assim se avançou, melhor o campeão português o levou à prática, andando com uma margem de segurança visível, mas a mostrar serviço nas duas passagens pelas Veredas onde, com condições muito boas, aproveitou para destronar Fernando Peres como rei da mais tradicional classificativa terceirense.
O recorde de Peres, que datava de 2006 (2.43,4), desceu apenas 0,6 segundos (2.42,8),mas o suficiente para Moura amealhar todas as melhores marcas do percurso, saindo da Terceira encaminhado para o “penta” regional, que ninguém, obviamente, conseguirá contrariar.
Apesar dos pisos traiçoeiros, embora distintos da manhã para a tarde de sábado – e já depois da habitual enchente do Litoral, onde Moura venceu mesmo com alguns percalços técnicos -, o belo dia de sábado recebeu em pleno uma luta a três para o segundo lugar, onde Fernando Meneses se destacou de imediato, abrindo uma margem para os EVO9 “Estrela” de Ricardo Carmo e Luís Miguel Rego, com o piloto das Lajes a reconfirmar os seus dotes, num andamento que por vezes “arrepiou” a extensa assistência terceirense.
Entre os bonitos Lancer, um “téte” de Carmo nos Viveiros haveria de decidir a contenda, com os colegas de equipa a trocarem argumentos de forma clara, numa luta que promete novamente em 2012. Depois destes vinham Sérgio Silva, Cláudio Bettencourt e José Paula, com o piloto do Impreza N11 a destacar-se pela manhã para desistir na 5ªPE, isto quando o graciosense já ampliava a vantagem sobre o EVO9 das Lajes do Pico, que também não teve sorte, parando de vez após a 6ªPE.
No campo das duas rodas motrizes a razia foi comum na Formula 2 e na Formula 3, ficando Henrique Moniz sozinho para vencer e andar novamente muito forte com o C2 Max. Pelo caminho, nos carros até 1600 cc, ficou logo na sexta-feira Marco Veredas e no sábado de manhã Artur Silva – o primeiro comandante…-, enquanto nos dois litros Tiago Azevedo e Carlos Andrade teriam sortes idênticas ainda antes do almoço. Isso deixou caminho livre ao pequeno Fiat 500 de João Silva, que levou as taças da F2 para Santa Maria, deixando bem longe na tabela os pequenos Yaris da classe 5, onde Herberto Alves foi melhor que Teófilo Pires. Terminaram apenas 9 equipas, com igual número de abandonos a ser contabilizado.
Miguel de Sousa Azevedo - Motores Magazine
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