Rali do México - A análise, equipa a equipa

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Depois do atribulado Rali da Suécia, todos desejavam um regresso à normalidade no Rali do México. Todavia, o surto de Covid-19 que a OMS classificou de pandemia no dia em que foi para a estrada a prova mexicana, acabou por dominar os acontecimentos. Sébastien Ogier, navegado por Julien Ingrassia acabaria por vencer um rali que o próprio, face ao desenvolvimento do surto, preferia não ter disputado. A última etapa do rali foi cancelada.


9 - Sébastien Ogier / Julien Ingrassia - Toyota 
Mais confortável com o Toyota Yaris WRC do que nas provas anteriores, Sébastien Ogier mostrou o andamento fortíssimo que lhe reconhecemos, numa prova onde a fiabilidade do carro japonês foi um importante aliado. Passando ao lado dos contratempos dos adversários, ainda venceu quatro classificativas (duas destas super especiais). Com esta vitória a dupla francesa isola-se na liderança do campeonato.

7 - Ott Tanak / Martin Jarjeova - Hyundai
A dupla campeã do mundo ainda se está a adaptar ao i20 WRC e essa dificuldade não deve ter sido alheia ao erro que Tanak cometeu na SS4 e que o fez cair para o oitavo lugar. O estónio, a beneficiar de uma posição de partida mais benéfica, liderava por essa altura o rali. Em recuperação, conseguiu escalar até ao segundo lugar da geral. Venceu seis troços, deixando bons indicadores para as provas de terra.

7 - Teemu Suninen / Jarmo Lehtinen - M-Sport
O início de temporada não tem sido fácil no seio da M-Sport mas Suninen e Lehtinen tiveram uma boa prestação no México, que culminou com o primeiro pódio da equipa britânica em 2020. Não venceram nenhum troço mas valeram-se da fiabilidade do seu Fiesta para imprimir um andamento consistente e escapar às dificuldades por que passaram a maioria dos seus adversários.

6 - Elfyn Evans / Scott Martin - Toyota
Não conseguiu estar na luta pela vitória, como nos ralis anteriores. Mas Elfyn Evans estava à partida prejudicado pelo facto de abrir a estrada, no rali onde a posição de partida mais influencia a aderência dos pneus em todo o calendário. Evans e Martin acabam por marcar pontos importantes para os campeonatos de construtores e de pilotos. Neste último Evans ocupa o segundo posto atrás de Ogier.

6 - Kalle Rovanpera / Jonne Halttunen - Toyota
Num rali tão duro, a fiabilidade do Yaris também ajudou Rovanpera e Halttunen. Mas nada pode desvalorizar mais uma demonstração de maturidade do benjamim da Toyota. Depois da alucinante Power Stage na Suécia onde pulverizou o tempo dos adversários, Rovanpera mostrou que também sabe ser consistente e defender-se perante condições adversas.

6 - Thierry Neuville / Nicolas Gilsoul - Hyundai

Um problema de alternador obrigou Neuville e Gilsoul a abandonar ainda no decorrer da primeira etapa quando rodavam no terceiro lugar. A dupla belga retomou a prova e ainda protagonizou manobras tácticas para ajudar Tanak. Venceram oito troços (seis super especiais). Não somaram quaisquer pontos para o campeonato de pilotos. Um rombo nas contas do campeonato, vendo Evans e sobretudo Ogier a isolarem-se na frente.

6 - Esapekka Lappi / Janne Ferm - M-Sport

Tal como Suninen, também Lappi vinha fazendo uma prova bastante positiva, sobretudo para a pobreza que tem sido o arranque de época da M-Sport. Contudo, na tomada de tempos da SS7 o Fiesta incendiou-se. Numa manobra estranha, Esapekka Lappi iniciou marcha, deixando Janne Ferm para trás, porventura tentando apagar as chamas por acção do movimento do carro. No final o Ford ficou reduzido a chamas.

6- Dani Sordo / Carlos del Barrio - Hyundai

É difícil avaliar a prestação de Sordo e Del Barrio no México. Os espanhóis pouco andaram e foram uns dos protagonistas da triste prestação da Hyundai no hemisfério sul. No primeiro troço após as duas super especiais de abertura, tiveram de parar com um tubo do radiador solto. No primeiro troço da tarde desistiriam definitivamente com problemas de motor, não voltando em Rally 2 no dia seguinte. Nos dois troços ditos normais, nos quais correram em condições também normais, ou venceram ou foram os segundos mais rápidos. Não pode deixar de se considerar uma prestação positiva, face a todas as contrariedades que enfrentaram.

4 - Gus Greensmith / Elliot Edmondson - M-Sport

Mais uma prova apagada de Greensmith, que na SS14 teve de parar sem potência no Fiesta, logrando reparar a avaria. Por essa altura, ocupava o sexto posto, sendo o último WRC na classificação, a 1 minuto de Rovanpera. 

A análise à prestação das equipas da Hyundai, M-Sport e Toyota, numa classificação de 0 a 10 da responsabilidade de João Cosme.

Classificações disponíveis em E-WRC.