Ricardo Moura e Sancho Eiró dominaram desde muito cedo um rali que teve muitos ingredientes de interesse apesar da vitória do campeão dos Açores constar dos prognósticos gerais.
O triunfo começou a desenhar-se na sexta feira quando o micalense venceu a super especial SICAL e rodou pelas Veredas, à noite, à impressionante média de 114 km/h. No sábado, Moura andou mais rápido, numa primeira fase, pare depois gerir com algum à vontade a vantagem amealhada. Se Moura nunca sentiu o primeiro lugar sob pressão já o mesmo não se pode dizer dos homens que batalharam intensamente pelos lugares do pódio. Tanto Ricardo Carmo como Luís Miguel Rego ou Fernando Meneses fizeram o 2º melhor tempo nalgumas das classificativas mas o segundo lugar do XXX Rali SICAL acabou em mãos de Ricardo Carmo e Justino Reis por apenas 7,2s. No último degrau do pódio classificou-se Luís Miguel Rego mas esta posição ficou segura por apenas 2,4s para Fernando Meneses que, num forcing final, ganhou mesmo o último troço numa altura em que o à vontade do piloto com o seu novo carro se tornava cada vez mais evidente. Enquanto andou, também Cláudio Bettencourt deu indicações que poderia muito bem ter estado nesta guerra mas a caixa do EVO VIII MR que já tinha enviado uns avisos ainda antes do rali começar acabou por obrigar mesmo ao abandono do graciosense.
Uma categoria em que se andou muito depressa foi a Fórmula 3. Depois da secção inicial em que Artur Silva e Marco Veredas se cotaram como os mais rápidos, os homens dos C2 R2 aumentaram o ritmo com destaque para Henrique Moniz e Carlos Costa. Ainda assim, Artur Silva foi sabendo manter a vantagem e, quando se sentiu em perigo deu nova “sapatada” que o afastou definitivamente dos seus adversários e o levou também à quinta posição da geral absoluta. Entretanto, Carlos Costa subia de rendimento depois de voltar a ganhar confiança nos travões que tinham revelado uma pequena anomalia na noite de sexta e passava Veredas primeiro e Moniz depois para se estabelecer definitivamente no segundo lugar da categoria a pouco mais de 9s de Artur Silva e com uma vantagem de 10.8s sobre Henrique Moniz. Costa lidera a classificação relativa ao campeonato dos Açores, uma vez que Artur Silva não se encontra inscrito. Marco Veredas andou também muito forte embora se tenha tentado adaptar progressivamente a uma caixa com as relações mais curtas do que as ideais para a rapidez dos troços. A quarta posição na categoria foi o prémio alcançado. Rúben Rodrigues também fez uma boa operação em termos de campeonato uma vez que a sua quinta posição da F3 no final do Sical equivale a um terceiro lugar no campeonato.
A fórmula 2 ficou sem dois dos seus principais conjuntos muito cedo. Sérgio Cardoso deu um pequeno toque logo na super especial SICAL, enquanto Olavo Esteves, debilitado fisicamente, não conseguiu controlar o carro na sequência de um salto e de uma aterragem mais brusca. Carlos Andrade ainda passou pelo comando da categoria mas a caixa do Clio Ragnoti passou a só funcionar em 3ª e 4ª o que o atrasou na classificação. Cláudio Cabral conseguiu impor-se no final enquanto o micaelense João Faria rubricava uma boa prova apenas algo prejudicada por alguns problemas de travões.
Há ainda a registar as vitórias de António Ortins na Classe 5 e de Francisco Costa na Classe 7.
Extremamente animada esteve também a classificação do Campeonato Open de Ralis dos Açores que engloba VSH e clássicos numa única classificação. Muito rápido esteve Jorge Sousa que inscreveu o habitual Toyota Corolla Coupé GT como a viatura que conquistou a primeira vitória no CORA. Tiago Valadão foi o piloto que mais lhe fez frente mas alguns problemas, entre os quais um toque não permitiram que a rapidez e os troços conquistados lhe dessem uma classificação melhor que a sexta posição final. No pódio estiveram ainda Paulo Veredas em Peugeot 306 GTI e Ricardo M. Moura em Peugeot 106 S16.
Cecília Augusto ganhou a classificação das senhoras enquanto Mariana Godinho que estreava o Nissan Micra abandonou por avaria.
Francisco Veloso - Fórmula Rali
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