Armindo Araújo e Miguel Ramalho terminaram, na décima primeira posição da geral, a primeira etapa do Rali da Sardenha. A dupla portuguesa está a utilizar pela primeira vez, na «Costa Esmeralda», o novo «kit aerodinâmico» da versão WRC e tem sentido algumas dificuldades na adaptação à nova máquina.
Ainda assim, numa prova tão exigente para as mecânicas dos carros, Armindo Araújo tem sabido gerir os acontecimentos de forma a tirar o máximo partido dos quilómetros que está a realizar, e gradualmente vão aumentando o nível de conhecimento e integração com o estreante MINI John Cooper Works WRC.
Na chegada ao parque de assistência, instalado na bonita cidade de Olbia, o piloto de Santo Tirso confessou que “este foi sem dúvida um dia difícil”. Durante as oito especiais de hoje, Armindo Araújo e Miguel Ramalho foram progredindo gradualmente o ritmo mas o mais importante foi “termos conseguido perceber alguns detalhes que são agora completamente novos e que nos obriga a muito trabalho mas nos abre boas perspectivas. Em Portugal, com o MINI na versão S2000, encontramos rapidamente uma afinação que nos permitiu andar a um ritmo interessante. Agora, com as alterações aerodinâmicas introduzidas para WRC o carro ficou completamente diferente. Não tivemos possibilidade de testar antes da prova e isso fez com que tivéssemos de fazer um novo trabalho de fundo já aqui na Sardenha”, explicou o bicampeão do Mundo de Ralis Produção.
De facto, para Armindo Araújo os poucos quilómetros efectuados antes da prova com o MINI WRC tiveram um papel preponderante neste inicio de rali. “Os quilómetros que fiz, quer no Monday Test como no Shake Down, não foram suficientes para encontrar um «set-up» ideal e senti, logo na primeira especial de hoje, que se tentasse andar a fundo estava a criar um risco perfeitamente desnecessário. Precisamos de fazer muitos quilómetros e as maiores dificuldades que encontramos foi perceber as reacções do carro com a forte carga aerodinâmica que esta nova asa coloca na traseira. Não estamos minimamente preocupados com o resultado e continuamos a manter a mesma ideia. Não podemos olhar para uma linha que está apenas no nosso campo de visão. Temos de pensar no caminho que temos para percorrer durante todo o ano e esse está a ser aberto como deve ser”, concluiu o piloto apoiado pela MINI, TMN, GALP, MCA, Lusitania e Turismo de Portugal.
Ricardo Cunha - Pregoafundo
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