O nevoeiro nas cumeeiras das Sete Cidades obrigou Juho Hanninen a cometer um erro que lhe custou dez segundos.
O pião na segunda classificativa da segunda etapa aumentou a desvantagem do finlandês (13,6 segundos) para o líder Andreas Mikkelsen que, mesmo assim, não dá o rali como ganho, a avaliar pela rapidez demonstrada ao longo do dia. E, nesse capítulo, apenas na segunda passagem por Sete Cidades é que o carro checo da Skoda UK não fixou o melhor resultado, feito conseguido pelo “rival” da Skoda Motorsport.
Não fosse a dezena de segundos perdida por Haninen e teríamos assistido a uma luta de titãs. E apesar de as diferenças nos troços entre ambos ser de escassos 1, 2 segundos, a diferença entre ambos no final da etapa foi de 16,2 segundos.
Apesar da desvantagem, o campeão do mundo do SWRC tem o condão de manter em estado de alerta o jovem norueguês que tem respondido com uma condução rápida, eficaz e isenta de erros.
No meio da armada Skoda que domina o SATA Rallye Açores está o Peugeot de Bryan Bouffier. O francês não consegue chegar-se a Hanninen e depois de ficar sem a pressão de Bruno Magalhães que capotou fortemente nas Feteiras quando tentava o assalto à terceira posição, limitou-se a gerir o andamento no sentido de conservar o último lugar do pódio.
Bouffier tem atrás de si uma interessante luta entre germânicos, que foi ganha por Gassner Jr.
O campeão da Alemanha entrou ao ataque e não demorou muito a ultrapassar na geral Ricardo Moura (Sete Cidades-1), mantendo a perseguição ao compatriota Wiegand, fechando a etapa à frente deste, consumando a passagem para o quarto posto da geral em São Brás/Vila Franca 2.
Wiegand, que foi o primeiro na estrada o dia todo (amanhã será de novo o primeiro, já que mais uma vez os cinco primeiros partem na ordem inversa da classificação) chegou a cair para o sexto posto após as Feteiras e mesmo no fecho do dia entregou o quarto lugar ao homem do Red Bull Team.
Sem armas para se digladiar com os S2000 e com um carro muito mais pesado e gerador de maior inércia que se tornou difícil controlar sobretudo nas descidas enlameadas, Ricardo Moura já é o melhor português e chegou mesmo a ter uma breve passagem pelo quinto posto (após Feteiras-1), terminando o dia em sexto, gerindo o andamento e a classificação dos campeonatos de Portugal e dos Açores que comanda.
Nota de grande destaque para o andamento de Sérgio Silva que continua a fazer brilharetes com os escassos meios que possui. O micaelense é o segundo açoriano (também é o segundo português mas não pontua para o CPR) e ocupa um brilhante 8º posto da geral à frente de outro piloto que se tem destacado pela positiva no seu rali de estreia aos comandos de um 4X4, no caso o jovem micaelense Rúben Rodrigues. O top 10 é encerrado pelo Subaru Impreza R4 de Rui Lousado. No entanto, para as contas do campeonato nacional é Miguel Barbosa quem ocupa a 2ª posição, seguido de Ivo Nogueira que na Geral é apenas 12º e de Luís Pimentel que ocupa a 18ª posição da geral.
Entre os açoriano e para além dos nomes já referidos, Luís rego é 13º da geral mas ocupa já a 4ª posição entre os candidatos ao CAR.
Paulo Maciel (13º da geral) lidera as duas rodas motrizes e é o 5º nas contas absolutas do campeonato dos Açores. Ivo Nogueira, o segundo 4X2 em prova vem logo na posição seguinte mas já a mais de 2 minutos do piloto açoriano que pressionou Harry Hunt até que este cometeu um erro e despistou o DS3 R3.
Ainda nos açorianos nota muito positiva para a actuação de Énio Medeiros que surge em 16º da geral e 4º 4X2. Henrique Moniz que não tem tido uma prova fácil é o 17º mas ainda está à frente de dois pilotos que têm sofrido muito na 47ª edição do SATA. Luís Pimentel procurou recuperar do atraso enorme sofrido pela penalização na SE Grupo Marques de ontem e é já 18º mas sobretudo se prepara para fazer uma boa colheita para o nacional de ralis.
Outro azarado é Ricardo Carmo que hoje sofreu problemas de intercooler devido a uma simples braçadeira. Carmo recuperou o andamento normal depois da assistência mas limita-se agora a procurar terminar e a somar o máximo de pontos que conseguir para o campeonato dos Açores. Carlos Costa e Pedro Rodrigues encerram o rol dos pilotos açorianos classificados no rali, embora Fernando Casanova e João Faria tenham regressado ao abrigo do super rali e tenham conseguido concluir o dia.
O mau tempo e o estado do piso muito degradado pela passagem do dia anterior e pela chuva entretanto caída acabaram por obrigar a organização a anular a passagem pela Coroa da Mata, enquanto o troço S. Brás – Vila Franca do Campo se efectuou apenas nos seus primeiros 6kms, a exemplo do dia anterior e com mini-lagoas na estrada…
Arthur Melo com Francisco Veloso – Fórmula Rali
Sem comentários:
Enviar um comentário