Está concluída a primeira prova do Campeonato da Madeira de Ralis, o Rali de São Vicente, onde o Team Tomiauto Total/Cepsa obteve um registo bastante positivo.
Miguel Nunes/Victor Calado venceram a prova organizada pela Secção de Desporto Motorizados do C.D. Nacional e António Nunes/Roberto Castro, apesar de terem desistido como consequência de um ligeiro toque, demonstraram capacidades e andamento para não deixarem os seus adversários “fugir”, de tal maneira que até ao momento da desistência eram os líderes do rali.A especial nocturna na sexta-feira, a inaugural da prova, abriu as hostilidades e a nossa equipa entrou no comando das operações, averbando os dois melhores registos. António Nunes e Roberto Castro, para surpresa de muitos, entraram decididos a marcar a diferença e superiorizaram-se a toda a concorrência, irmão incluído, e partiram para o dia de sábado com 1,5 segundos de avanço para todo o pelotão, numa especial que “…correu-nos bem, fomos cautelosos e não cometemos qualquer erro, no final ficámos até um pouco surpreendidos com o tempo pois pensávamos que tinhamos tido demasiadas cautelas …”, disse António. Por sua vez, Miguel Nunes e Victor Calado não conseguiram acompanhar o ritmo da outra dupla do Team Tomiauto Total/Cepsa e tiveram mesmo que se contentar com o segundo posto após os primeiros 5700 metros de rali : “…correu bem. Imprimimos um bom andamento, não foi o suficiente para vencer a classificativa mas conseguimos ficar próximos do 1º lugar deixando tudo em aberto para o dia seguinte. O andamento do Tozé não me surpreendeu pois já estava à espera de um forte andamento por parte do meu irmão, sei bem do que ele é capaz de fazer…”. António Nunes era líder com 1,5 segundos de vantagem para Miguel Nunes, enquanto o último possuía já 4 segundos de avanço sobre o adversário mais directo e terceiro classificado, Filipe Freitas também em Mitsubishi Lancer Evolution X.
Com mais 7 especiais pela frente, António e Miguel já esperavam um ataque sistemático dos seus adversários e por isso enfrentaram a primeira especial do segundo dia com o intuito de ampliar a vantagem, situação que se verificou mas a rivalidade e a luta pelo primeiro posto estava ao rubro! Miguel Nunes vence a segunda especial por 1,6 segundos e salta para a liderança com apenas uma décima de vantagem para António que havia registado o segundo registo. Em Lameiros, terceira prova especial, as equipas do Team Tomiauto Total/Cepsa foram surprendidos por João Magalhães, perdendo 1,2 e 1,7 segundos, António e Miguel respectivamente, registando-se nova troca de líder: António e Roberto assumem a liderança com agora 4 décimas de avanço para Miguel e Victor, estando João Magalhães agora a 6,1 do líder. Com nova vitória na quarta especial por parte de Magalhães por duas décimas, o maior destaque vinha do facto de a vantagem de António Nunes e Roberto Castro ter sido ampliada para 1 segundo certo para o segundo classificado, Miguel Nunes e Victor Calado.
A especial seguinte, a primeira passagem por Chão dos Louros, viria a marcar o rumo do rali e arrumar praticamente as contas no que dizia respeito ao virtual vencedor do rali.
“Calçando” Pirelli nos Mitsubishi Lancer Evolution X, uma borracha inferior mas também mais barata, António e Miguel Nunes já se haviam queixado da performance inferior dos pneus, performance essa que acabou por colocar António Nunes e Roberto Castro fora de prova. Na parte final dos 14,45km da especial, e numa altura em que o calor se fazia sentir intensamente, uma escorregadela mais denunciada da traseira do Evolution fez com o pneu traseiro direito embatesse na levada e danificasse o braço de suspensão. Segundo o piloto “…o toque ocorreu numa esquerda cega muito rápida e suja seguida de uma direita encadeada. Entrámos muito rápido na esquerda e perdemos o ponto de travagem, o carro fugiu de traseira embatendo com a roda num muro que lá estava. Quando pusemos novamente o carro a trabalhar notamos um barulho na traseira e o carro custava a andar o que fez com que não arriscássemos em continuar optando pelo abandono…”. Nesta mesma especial, Miguel Nunes impôs-se a João Magalhães, então segundo classificado, por 7,9 segundos e dava um passo importante na luta pela vitória.
Nas restantes 3 especiais, e apesar de Magalhães ter vencido duas, contra apenas uma de Miguel Nunes, a vantagem acumulada pelo piloto do Team Tomiauto Total/Cepsa foi suficiente para controlar as operações e concluir esta primeira prova da temporada com a pontuação máxima.
“O balanço é positivo, entrar a vencer é sempre bom, só foi pena de fato não chegarmos ao final do rali com os dois carros da equipa nos dois primeiros lugares. Para o próximo rali temos de continuar a trabalhar para elevarmos um pouco mais os nossos andamentos, os pneus são uma dificuldade acrescida mas temos de nos habituar e lidar com essa dificuldade. Vamos trabalhar mais as suspensões pois penso que é ainda possível melhorar mais ambos os carros.…” afirmou Miguel Nunes.
“Existem partes positivas e negativas a tirar deste rali para nós. Positivamente existe o facto de termos conseguido manter um ritmo elevado enquanto estivemos em prova, proporcionando uma luta muito interessante pela vitória. Negativamente como é óbvio terá de ser o toque que nos fez abandonar, mas sabemos que são coisas que acontecem nos ralis e agora vamos já trabalhar para o próximo correr melhor.…” disse António Nunes.
Deixar um agradecimento à Total, Cepsa, TMN, Socicorreia, Mata & Vasconcelos, Edifício Astrolab, Bom Mestre, Tomiauto, PrestiPneu e Trio Publicidade por nos apoiarem neste altura bastante difícil, bem como a todos os nossos simpatizantes e amigos que durante todo o rali acarinharam a nossa equipa.
RallyMania com A.I.
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